Uma característica comum aos países desenvolvidos é a Inovação. Dos vinte mais bem posicionados no Índice Geral de Inovação divulgado em julho passado, onze também estão entre os mais ricos do mundo no ranking elaborado pelo Fundo Monetário Internacional tendo como base a Paridade do Poder de Compra (PPC).
O Brasil situa-se no 64% no Índice Geral de Inovação. A boa notícia é que o País galgou cinco posições de um ano para o outro e, segundo especialistas da Universidade Cornell – uma das responsáveis pelo levantamento –, o salto se deu pela melhora nos seus próprios indicativos, e não pela piora dos de outros países.
Entre os pontos positivos citados estão o investimento em pesquisa e desenvolvimento, importação e exportação de alta tecnologia, e qualidade das publicações científicas e das universidades – das quais se destacam USP, Unicamp e UFRJ.
Além de problemas estruturais que impedem o Brasil de avançar ainda mais no quesito inovação – melhorar o ambiente de negócios, reduzir a burocracia para abertura de empresas, aumentar a capacidade de investimento na ampliação da capacidade produtiva –, o que falta ainda é uma estratégia nacional de longo prazo. Foi o que fez a China, por exemplo, quando estabeleceu a inovação como prioridade numa visão de longo prazo. Resultado: neste ano, pela primeira vez, o gigante asiático entrou na lista das 20 economias mais inovadoras.
Aqui no Brasil, a iniciativa privada vem fazendo sua parte. Estudo recente da Ernest & Young com executivos de mais de cem empresas brasileiras apontou que para 94%, o uso de processos de automatização robótica (RPA) estará em operação num prazo de cinco anos. Indicou, também, que a automação é vista como um ganho de eficiência e um complemento das competências humanas, não como substituta.
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Ou seja, o advento da Indústria 4.0 não vai “roubar” empregos, e sim demandar por mão de obra mais qualificada. Para que isso aconteça, é necessário um investimento focado, estratégico, em educação e capacitação profissional.
Há pouco menos de um ano, Sesi e Senai elencaram as megatendências da inovação na Indústria 4.0. Entre elas, Inteligência Artificial e Análise de Dados, Internet das Coisas, Impressão 3D, Comunicação Máquina-Máquina, Realidade Estendida e Robótica Avançada.
Como promotores das maiores feiras indústrias da América Latina, a Informa e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) orgulham-se de trabalhar em prol do desenvolvimento e difusão de muitas dessas tendências. Um exemplo é o Demonstrador de Manufatura Avançada instalado em três ocasiões, nas edições de 2016 e 2018 da FEIMEC e na edição 2017 da Expomafe. Em todas elas, o demonstrador foi uma das estrelas que mais atraíram o interesse dos visitantes profissionais, já que o ciclo de produção montado na feira aplicava na prática os principais conceitos e tecnologias da Indústria 4.0.
Entre outros benefícios, o Demonstrador de Manufatura Avançada tem caráter didático, já que seu desenvolvimento abre espaço para parcerias com startups, fornecedores nacionais e internacionais de máquinas, softwares e soluções integradas, importantes instituições de ensino e órgão públicos de fomento de desenvolvimento tecnológico. Além disso, o projeto vem servindo para desmistificar a Indústria 4.0 ao provar que a tecnologia necessária está disponível e pode ser adquirida aqui mesmo, em território nacional.
A oferta de conteúdo técnico aos visitantes das feiras tem sido outra de nossas preocupações constantes, com uma programação ampla de palestras, seminários e workshops. Neste aspecto, a Expomafe 2019 (7 a 11 de maio, no São Paulo Expo) vai receber uma atenção ainda maior, já que a Automação Industrial é um de seus alicerces.
Estamos trabalhando desde já para intensificar a parceria com universidades, escolas técnicas e demais centros de ensino profissionalizantes para elaborar uma programação de alto nível e ancorada na realidade da indústria nacional. Em breve, teremos mais detalhes para anunciar.
Se a inovação é o motor do desenvolvimento, queremos fazer da Expomafe um dos motores da inovação industrial brasileira.
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