Em um momento que muito se fala em economia colaborativa como tendência, a compra de produtos está sendo questionada: Por que comprar se posso alugar? Esta forma de colaboração, onde podemos alugar no varejo apenas um quarto nos apartamentos de famílias, alugar vestidos de grife, alugar bolsas caras, comprar imóveis por cotas e muito mais é uma realidade. O movimento vem ganhando força motivada pelo consumo consciente e pela redução dos custos do mercado. O conceito já existe na indústria, mas antes de abordar esse assunto vamos analisar um caso prático: O caso empresário inovador!
O caso empresário inovador!
Um belo dia o empresário olhou para o seu processo produtivo e teve a ideia de colocar sensores para contar o número de produtos produzidos. Esta ideia pode-se chamar de automação. Porém 5 anos se passaram e apenas contar não era mais suficiente, e viu-se que precisava levantar o tipo de produto, velocidade da linha, gargalos produtivos entre outros pontos. Para isso, era preciso ter acesso a informação e tomada de decisão em tempo real. Para atender a essa demanda a solução ideal era IoT (Internet das Coisas). Começou então a fazer orçamentos e percebeu que teria que comprar todos os sensores, equipamento que concentraria todos os dados e enviar tudo isso para a nuvem. Além disso, não podia-se esquecer do software que apresentava todas as informações. Quando fechou a soma de todos esses custos chegou a conclusão que era muito investimento para uma aplicação que ainda não saberia o impacto e os benefícios que a mesma traria. Conclusão: engavetou o projeto.
Que empresário nunca vivenciou uma situação assim? Encontrar a solução que resolve o problema, mas com custos que inviabilizam a implantação.
Visando encontrar uma solução para essa situação surge um modelo de negócio: Product-as-a-Service, que podemos chamar de “melhor amigo” das aplicações IoT na indústria.
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Modelo de negócio Product-as-a-Service:
Product-as-a-Service (Produto como um serviço) é um modelo de negócio que presta um serviço em áreas em que tradicionalmente há a venda do produto. Product-as-a-Service une produtos físicos, acompanhados de serviços e possivelmente um software de monitoramento que permite o cliente utilizar a solução por um período de tempo determinado. Ao invés de apenas uma transação de venda, o cliente contrata a locação do produto e paga mensalmente, gerando uma receita recorrente para o locador. Esse contrato pode incluir manutenção, troca de equipamentos, substituições por versões mais recente, sem grandes custos adicionais.
Com a receita recorrente gerada pelo modelo, os fabricantes garantem uma segurança no caixa e constroem uma relação de longo prazo com os clientes. Muitas empresas falam sobre criar proximidade com o cliente, em modelos Product-as-a-Service não há como escapar dessa intimidade. Para empresas que criarem essa mentalidade de locação é possível alcançar um poderoso diferencial no mercado onde a parceria é mais importante do que venda de componentes.
Migração para Product-as-a-Service
Para as fabricantes de produtos físicos iniciarem a jornada “as-a-Service” pode parecer assustador. Product-as-a-Service pode diminuir a receita com vendas no inicio da operação mantendo o mesmo gasto com produção, porém ao longo prazo estudos mostram que negócios que migraram para esse modelo conseguem mais estabilidade, lucratividade e escalabilidade do que o modelo venda única.
Possivelmente alguns benefícios sobre o modelo Product-as-a-Service são:
- Preços dos produtos mais acessíveis (locação), o tamanho de mercado aumenta tornando os produtos similares a commodities.
- Preço de entrada para os clientes é reduzido (investimento em imobilização de material), sendo possível também a implantação de projetos pilotos sem custos impactantes.
Um modelo de negócio para chamar de seu
Como todo negócio, Product as a Service tem seu prós e contras para os fabricantes:
Contras: Investimento na fabricação de produtos para estoque, aumentando o valor imobilizado de capital. Perda de receita imediata com a venda de produtos.
Prós: estabilidade no fluxo de receita (contratos de locação com durações de 12 a 24 meses). Lucro na locação é superior ao de uma venda normal de produto.
Em mercados em constante evolução com produtos que ficam obsoletos rapidamente a opção de locação é um bom negócio para clientes e fabricantes. Aos clientes a segurança de manutenção e estabilidade na prestação do serviço no decorrer do tempo, aos fabricantes um fluxo de caixa estável com lucros superiores a venda do produto.
Independente se a necessidade for de contratar uma locação de produtos ou de alugar os equipamento IoT, o modelo de negócio certo para você é o Product-as-a-Service!
Segue um exemplo de empresa que aluga equipamentos IoT para a indústria.
Você já opera a sua empresa com algum modelo Product-as-a-Service? Deixe um comentário me contando mais.
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