A inteligência artificial está deixando de ser apenas uma ferramenta de automação para assumir um papel estratégico e transformador na indústria de manufatura. É o que aponta o novo relatório da KPMG intitulado "Manufatura Inteligente: Um Plano para Criar Valor por meio da Transformação Orientada por IA". Segundo o estudo, a IA está evoluindo para impulsionar autonomia, inteligência e resiliência nas cadeias produtivas, com potencial de reinventar completamente o ecossistema industrial.
Baseado em entrevistas com 183 líderes seniores de manufatura em oito países, o relatório revela que 93% dos executivos acreditam que a integração plena da IA resultará em uma vantagem competitiva significativa. Ainda assim, o setor enfrenta uma maturação desigual: enquanto algumas empresas avançam rumo à adoção integrada, outras ainda operam com aplicações isoladas da tecnologia.
A KPMG propõe um modelo de maturidade em três fases para orientar a adoção: ativação, com foco em pilotos e capacitação; incorporação, que envolve integração aos fluxos de trabalho; e evolução, no qual a IA se combina a tecnologias como blockchain e computação quântica para transformar modelos de negócios. Nessa última etapa, os fabricantes se tornam articuladores de redes inteligentes e sustentáveis.
Apesar dos avanços, os desafios permanecem. A fragmentação de dados, a escassez de talentos especializados, as exigências regulatórias e a resistência de parte da força de trabalho são obstáculos relatados por grande parte das empresas. Ainda assim, os retornos já começam a se destacar: 96% das indústrias relataram ganhos de eficiência com IA, e 62% obtiveram retorno de investimento superior a 10%.
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O relatório destaca ainda a importância de uma mudança de mentalidade: em vez de implantações pontuais, as organizações devem adotar uma visão de ecossistema inteligente e integrado. Para a KPMG, quem liderar essa transformação será protagonista de uma nova era industrial, mais eficiente, sustentável e orientada por dados.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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