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Componentes e ferramentas operacionais na indústria 4.0

Conjunto de ferramentas operacionais aliado à conhecimento, tecnologia e disciplina, garante excelência operacional

Por: Pietro Perrone      Exclusiva 09/12/2024

Conhecimento, tecnologia e disciplina são componentes fundamentais para o sucesso na operação de fábricas inteligentes, operando sempre de maneira integrada, em todos os aspectos técnicos e funcionais de uma indústria 4.0.

Esses três componentes citados acima, quando aliados às principais ferramentas operacionais da indústria 4.0, se complementam, gerando assim excelência operacional.

1. Sistema operacional e sua rede de acessórios e sensores industriais

Esse item é o coração de uma fábrica inteligente, que opera sob a filosofia de uma indústria 4,0. Através de uma rede de dados na qual estão conectados todos os equipamentos, dispositivos, sensores e usuários humanos/automatizados, ele consegue coletar e trocar dados com toda a cadeia produtiva, priorizando as entradas e saídas dos dados e monitorando os controles em tempo real dos processos de fabricação. Também consegue, através dos sensores, controlar a eficiência dos equipamentos/ferramentas, consumo das utilidades e qualidade/quantidade dos produtos. O seu planejamento, porém, requer vasto conhecimento operacional e tecnológico durante a elaboração do projeto, e muita disciplina na operação do dia a dia.

2. Big data - Banco de dados integrado

A tomada de decisão ideal é aquela baseada em dados concretos e corretos, portanto, é crucial que a qualidade dos dados a ser manipulados pelo sistema operacional seja perfeita, rápida e objetiva. Assim sendo, a disciplina operacional, neste caso, é crucial, tanto na coleta dos dados, como sua armazenagem, análise/processamento e disponibilidade. A visualização e o entendimento desses dados também devem ser online, claras e objetivas, tanto no aspecto operacional como gerencial. 

3. Automação e robótica

Estes fatores são os principais geradores da disciplina operacional de uma cadeia produtiva. Eles garantem a cadência e a repetibilidade dos processos, enviando e recebendo dados, trocando informações com o sistema operacional e seus usuários. A robótica e automação integram, há anos, os mais variados processos operacionais, porém, com a chegada dos sensores, se tornaram ferramentas excepcionais a serem aplicadas na indústria 4.0. Sem isso, fica praticamente impossível de se gerir uma fábrica inteligente.

4. Inteligência Artificial (IA) e machine learning

Aqui vemos a importância na geração dos algoritmos que irão dar autonomia ao sistema operacional, informando tendências ao banco de dados e ajustando automaticamente as necessidades nos fluxos da cadeia produtiva. Entendo quase nada sobre algoritmos, porém imagino que sua criação seja algo muito detalhado e trabalhoso, porém eles também maturam e evoluem com o passar do tempo. Um algoritmo bem desenvolvido pode trazer inúmeros benefícios, como otimização dos processos industriais, prevenção de falhas de equipamentos e respectivas manutenções, controle e aproveitamento de capacidade produtiva, controle de qualidade e ajustes automáticos de processos de medição e controles, previsibilidade dos resultados e simulações.

5. Computação em nuvem

De nada adianta ter um ótimo banco de dados se eles não chegam no local e nem no tempo correto. A infraestrutura de computação deve ser dimensionada de maneira a processar com folgas todos os dados, independentemente da quantidade. Muitas vezes, a proximidade dos dados reduz muito a eficiência da rede e melhora sua latência. Portanto, todo recurso em pral da velocidade de transmissão é muito bem-vindo, pois o que vale é o tempo de resposta.

6. Segurança dos dados

Todo esse aparato descrito nos itens anteriores deve ser protegido e orientado de maneira a garantir a segurança das informações. O excesso de tecnologia nestas áreas muitas vezes expõe os dados a ataques cibernéticos, tornando assim o sistema vulnerável como um todo. É indispensável um aparato de monitoramento contínuo e suprido de alertas imediatos das ameaças, bem como existência de planos de treinamento proativos para a prevenção da invasão de dados.

Na indústria 4.0, a convivência entre o prático e o teórico é extremamente salutar, e onde se encontram as ciências básicas e as aplicadas.  


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*Imagem de capa: Depositphotos.com

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Pietro Perrone

Pietro Perrone

Mais de 45 anos de comprovada experiência em indústrias multinacionais, ocupando posições de Presidente, Vice-Presidente, Diretor Industrial, Gerente de Manufatura, Engenheiro de Manufatura, Gerente de Engenharia de Manufatura, Gerente de Produção.