Com o objetivo de incluir o conceito de indústria 4.0 no dia a dia dos alunos vinculados ao Laboratório do Projeto de Sistemas de Produção da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a SKA estabeleceu parceria com a instituição e desenvolveu uma célula de manufatura gerenciada pelo sistema MES Syneco.

Nomeada Plataforma Industrial para Pesquisa, Ensino e Formação em Automação (Pipefa), a célula de manufatura é composta por cinco postos de trabalho e um sistema de transferência por esteira.

O projeto está agregando valor às atividades de ensino e pesquisa da Unicamp e preparando os estudantes para a realidade do mercado de trabalho industrial, que vem exigindo profissionais cada vez mais capacitados quanto ao uso de ferramentas de tecnologia para gestão de fábricas.

Conhecimento na prática

Conforme o professor doutor da Faculdade de Engenharia Mecânica da universidade paulista, Robert Cooper, a célula é utilizada para demonstrar aos acadêmicos da área, de forma didática, o processo de planejamento e montagem de peças industriais, e a solução MES da SKA possibilita que os acadêmicos visualizem e analisem os dados de produção em tempo real.

“O Syneco é responsável por fazer o controle e execução da produção. Conectado via Open Platform Communications Unified Architecture [OPC UA], ou Plataforma de Comunicação Aberta de Arquitetura Unificada, que lê as variáveis do CLP e passa para o software, o Syneco verifica quais postos de trabalho estão em operação, quantas peças foram produzidas, quantas faltam, qual a eficiência dos postos e outros dados importantes da produção, salvando essas informações no banco de dados utilizado pela aplicação”, explica Cooper.

Entenda o funcionamento da célula de manufatura Pipefa, segundo o professor Robert Cooper:

• No posto 1, de carregamento, é onde se inicia a montagem da placa. São colocadas diversas placas e a linha é alimentada conforme demanda;
• No posto 2 é onde acontece a montagem central da peça. Com um pistão pneumático e sensores de posição, a peça é encaixada na base;
• No posto 3 acontece a montagem lateral, da mesma maneira que a montagem central, porém, com o auxílio de um motor pneumático, a base é rotacionada para que seja colocada peças de ambos os lados;
• No posto 4 a peça montada, por fim, passa por uma inspeção para averiguar se as peças estão montadas de acordo com a especificação inicial, conforme posicionamento e quantidade de peças. Futuramente também será inspecionada a cor;
• No posto 5 da linha de montagem e após a inspeção, o produto, se estiver em conformidade do que foi pedido, é colocado em uma caixa por pistões pneumáticos.

Projeto personalizado

Durante o processo de implantação do software Syneco na célula de manufatura Pipefa, Cooper ressalta que recebeu apoio técnico da equipe da SKA o tempo todo, e isso facilitou muito o processo e a personalização do projeto. 

Vale destacar que, por se tratar de um projeto de pesquisa, a SKA precisou instalar outras soluções de hardware e software na célula para gestão da produção e representação do gêmeo digital. 

Nesse sentido, o professor conta que o maior desafio foi a leitura das variáveis do CLP por parte do Syneco. “Para isso, foi utilizado um protocolo de comunicação OPC UA. Para cada posto de trabalho (temos cinco), o software abre uma seção OPC (caminho para a leitura), e foi necessário por parte do time da SKA alterar as configurações de abertura e encerramento de seções para o nosso caso específico”, detalha.

O analista de implantação MES da SKA, Adolfo Luis Clemente da Silva, aponta que esse processo facilita a obtenção de dados. “Essa comunicação via protocolo OPC UA com o Syneco Production facilitou a forma de captar os dados e identificar cada variável, permitindo a simulação do processo produtivo da célula Pipefa e a realização de um comparativo do planejado com o real”, explica.

Já o técnico de implantação MES da SKA, Gustavo Mazucatto, reitera que além da integração nativa do Syneco ao OPC UA, os especialistas da SKA possibilitaram ao cenário da Unicamp o acesso a uma gama de relatórios de produção. “Esses relatórios permitem que os estudantes analisem os dados de maneira assertiva, identificando falhas e facilitando as ações de melhoria na linha de produção simulada por meio dos tempos coletados e dos indicadores de produção, como o OEE”, complementa.

Benefícios da gestão detalhada dos dados produtivos

Sobre os diferenciais do software MES Syneco da SKA, Cooper destaca a facilidade de instalação, a boa compatibilidade com o CLP e a representação visual dos dados em tempo real como diferenciais da ferramenta na gestão da célula.

O gerenciamento minucioso dos ativos industriais também está dentre os destaques do sistema MES, segundo o docente. “O Syneco permite o gerenciamento dos lotes de produção, a gestão detalhada dos recursos produtivos por meio do sequenciamento, liberação e monitoramento das instruções de trabalho. Além disso, abrange a função de rastreabilidade no processo”, afirma.

Ele lista que, dentre os benefícios que a célula de manufatura Pipefa e o uso do sistema de gestão da produção industrial Syneco estão conferindo aos estudantes, estão:

• A integração do ambiente real com o ambiente virtual;
• A otimização dos processos de produção de forma interativa;
• A capacitação profissional dos estudantes de Engenharia Mecânica;
• A disseminação do conhecimento sobre o funcionamento da indústria 4.0;

Mais de cem alunos impactados

Até 2023, aproximadamente 120 alunos dos cursos de graduação e 20 alunos de pós-graduação das áreas de Engenharia Mecânica e de controle e automação já foram impactados pela célula Pipefa em disciplinas curriculares da Unicamp.

Além disso, em 2024, a célula de manufatura também passou a ser incluída nas atividades da Faculdade de Engenharia Mecânica vinculadas com o programa institucional da Unicamp denominado Universidade de Portas Abertas (UPA).

Conforme o acadêmico do curso de Engenharia de Controle e Automação da Unicamp, João Victor Pomiglio de Oliveira, a célula está permitindo que os alunos vejam de perto como um processo industrial é planejado e executado, desde o armazenamento da matéria-prima até a inspeção do produto final. Ele também destaca que esse projeto está demonstrando os mais diversos desafios de engenharia envolvidos na criação, adaptação e funcionamento da célula, possibilitando grande aprendizado em diversas áreas.

"A célula envolve desde programação em ladder, sistemas pneumáticos, IHM, protocolos de comunicação, até sistemas MES como o Syneco. A Pipefa é um excelente exemplo prático de como se dá a transformação de um sistema de produção, se enquadrando nos moldes da indústria 4.0 e abordando os desafios por trás disso. É de suma importância para nós, alunos, adquirir esse conhecimento que nos garante um diferencial no mercado de trabalho e colabora com os avanços científicos”, comenta o estudante.

Parceria de valor

Uma das frentes que a SKA não se cansa de trabalhar é o relacionamento com instituições de ensino, a fim de incentivar a atualização dos currículos de cursos voltados às áreas de engenharia e manufatura, formar alunos mais capacitados e profissionais aptos aos desafios propostos pelo mercado da indústria 4.0.

Nesse sentido, em relação ao desenvolvimento da célula de manufatura monitorada pelo Syneco na Unicamp, o professor Cooper ressalta que “a SKA surgiu como um parceiro de desenvolvimento colaborativo, fornecendo não só produtos, como também apoio tecnológico, o qual é essencial para que exista inovação no projeto”.

Ele contextualiza ainda que “estudos sobre conceitos da indústria 4.0 estão sendo adotados como uma política estratégica do governo brasileiro, o que demonstra que o projeto da célula de manufatura está alinhado ao plano de desenvolvimento do país para alavancar a competitividade industrial e atividade econômica”.

A comercial educacional da SKA, Suzi Agatha Gimenez, frisa que é um privilégio para a SKA poder contribuir com esse projeto. “Desenvolvemos um trabalho em várias mãos a fim de entregar a melhor solução para gestão do chão de fábrica. É essencial trazer esse conceito para o dia a dia dos alunos, preparando uma mão de obra mais qualificada para o mercado de trabalho. A Unicamp, mais uma vez sai à frente e forma alunos capacitados para as indústrias”, comemora.

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Há 35 anos, a SKA atua no desenvolvimento e distribuição de soluções tecnológicas para o mercado industrial e instituições de ensino. Na área educacional, a empresa conta com um setor dedicado exclusivamente à área acadêmica que atua no licenciamento de versões de softwares de engenharia e manufatura voltados à área pedagógica. É o caso da versão educacional do sistema MES Syneco da SKA que está sendo utilizado na Unicamp e otimizando o aprendizado dos alunos sobre tecnologias industriais.

“A presença da marca SKA e do produto Syneco na Unicamp, uma das maiores e mais importantes universidades do Brasil, proporciona grande visibilidade. Estar dentro do departamento de engenharia da Unicamp nos ajuda a fortalecer o diferencial de termos um time dedicado à educação”, finaliza Suzi Agatha.

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