A maior parte dos gestores do setor industrial brasileiro já entende que a evolução das tecnologias é um caminho irreversível e quem tiver os meios para avançar nessa caminhada vai ocupar cada vez mais espaço no mercado. Esta é a avaliação do executivo Siegfried Koelln, fundador e CEO da SKA, líder na América Latina no fornecimento de tecnologias para a Indústria 4.0. No mês em que é celebrado o Dia Nacional da Indústria (25/05), os números refletem essa tendência.
O relatório ‘Investimentos na Indústria’, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que 79% das grandes empresas do setor realizaram investimentos em 2023. E desse total investido, aproximadamente ¾ foi direcionado para inovação tecnológica, área que é considerada cada vez mais estratégica. Além disso, 58% das indústrias aplicaram recursos em desenvolvimento de capital humano e 38% destinaram investimentos para busca por eficiência energética.
Siegfried ressalta que apesar de uma leve queda nos investimentos da indústria como um todo, no ano passado, nas empresas que têm adotado inovações da chamada Indústria 4.0 - como Internet das Coisas, Produção Conectada, Inteligência Artificial e Nanotecnologia, dentre outras - não há diminuição de investimentos nem de oportunidades de trabalho.
“Sempre há vagas abertas, porque não é fácil contratar profissionais capacitados para lidar com essa nova indústria”, afirma. Na avaliação do CEO da SKA, uma medida essencial a ser tomada pelas empresas é, além de investir em novas tecnologias, pensar na formação de recursos humanos e em uma mudança de mentalidade. “É importante sensibilizar pais e jovens para o potencial da área técnica. As pessoas precisam saber que não vão mais trabalhar em linhas de montagem, mas em gestão de processos com rigoroso controle de qualidade”, destaca Siegfried.
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Por fim, o executivo vê com otimismo o futuro da indústria nacional. “Os brasileiros, de maneira geral, são conhecidos pela criatividade e pela capacidade de adaptação”, diz ele. Os números da CNI para 2024 ajudam a confirmar essa tese. Das empresas que pretendem fazer investimentos neste ano, os principais focos estão na ampliação ou melhoria da capacidade produtiva (42%), ampliação ou melhoria do processo produtivo (42%) e introdução de novos processos produtivos (7%).
*Imagem de capa: Depositphotos
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