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Impacto: Quase 40% do emprego em todo o mundo está exposto à IA

O Fórum Econômico Mundial concentrou debates sobre a IA e o impacto no mercado de trabalho

Por: Redação CIMM      25/01/2024 

O impacto da inteligência artificial no trabalho, a regulamentação e a governança em torno da tecnologia foram alguns dos principais temas discutidos durante o Fórum Econômico Mundial de Davos de 2024, realizado na Suíça no início deste ano. No evento estiveram presentes nomes de gigantes da nova tecnologia como MetaMicrosoftGoogle e ChatGPT.

O Fórum Econômico Mundial esclareceu que o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho já está no radar do Fundo Monetário Internacional (FMI), que lançou recentemente uma nota sobre o tema Gen-AI: Inteligência Artificial e o Futuro do Trabalho.

Segundo o estudo do órgão monetário, quase 40% do emprego em todo o mundo está exposto à inteligência artificial - o indicador chega a 60% nas economias avançadas. Entre os trabalhadores, os com ensino superior, e mais expostos à IA, estão trambém mais propensos a colher os benefícios da tecnologia, já que ganhos de produtividade podem impulsionar o crescimento e os salários.

Além disso, países ao redor do mundo, incluindo os da União Europeia, têm explorado a questão da regulamentação da inteligência artificial. Recentemente, algumas regras sobre o uso da inteligência artificial já foram acordadas entre o grupo. Já em resposta às crescentes preocupações sobre a tecnologia, conjunto de recomendações também vem sendo tecido.

Produtividade e oportunidades futuras

Considerando a explosão do uso da IA generativa em 2023, palestrantes de governos e empresas discutiram as implicações da tecnologia, assim como os riscos que podem ser gerenciados. Houve, também, um forte apelo com relação à produtividade e suas possíveis aplicações.


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Para Daphne Koller, fundadora e CEO da Insitro Inc “a IA pode resolver problemas realmente difíceis e aspiracionais, que as pessoas talvez não sejam capazes de resolver", inclusive na saúde, agricultura e mudanças climáticas.  

Alfabetização digital e ética

Para a ministra de Tecnologia da Informação e Inovação de Ruanda, Paula Ingabire, a IA é mais uma oportunidade do que um desafio em relação ao Sul Global, mas a alfabetização digital e o custo dos dispositivos precisam ser abordados. Ainda segundo o Fórum, grande parte do potencial da tecnologia depende de seu uso no local de trabalho. Já o filósofo Michael Sandel explorou as questões éticas que a IA coloca, como justiça, privacidade e democracia. 

IA x empregos

O potencial de mudar a educação e a forma como aprendemos também foi pauta durante o evento. E sobre a questão da perda de oportunidades, Hadi Partovi, fundador e CEO da Code.org, disse que quando as pessoas pensam em perdas de empregos devido à inteligência artificial, o risco não é as pessoas perderem seu emprego para a IA, mas "perderem o emprego para outra pessoa que sabe usar IA”. Para ele, “o imperativo é ensinar como as ferramentas de IA funcionam para cada cidadão e, especialmente, para jovens”, reforça.

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