Gestão de manutenção: Como aplicar na prática?
Conheça como fazer a gestão da manutenção de todos os ativos de uma fábrica
Conheça como fazer a gestão da manutenção de todos os ativos de uma fábrica
Na Indústria 4.0 fala-se muito de manutenção preditiva, quando, por meio de dados sobre o funcionamento das máquinas, os profissionais responsáveis conseguem entender as necessidades dos equipamentos e supri-las de forma a antecipar a solução de futuros problemas.
Mas a manutenção preditiva é apenas uma forma de encarar essa atividade. Dentro das fábricas, um conceito que vem ganhando mais força é o de gestão de manutenção. A partir desse setor é possível conhecer cada ativo da indústria e traçar estratégias para aumentar seu tempo de vida útil, diminuir paradas não programadas e, com isso, assegurar prazos de produção, economizar recursos e melhorar a produtividade.
Gestão de manutenção, portanto, é fazer o controle e monitoramento dos ativos da fábrica. Para tal, o primeiro passo, de acordo com Igor Silveira, CEO na Melvin, que produz um software de manutenção com mesmo nome, em entrevista ao Podcast Boteco 4.0, é fazer o básico: cadastrar todos os ativos dentro do sistema de controle da empresa.
Abner Claro, programador de manutenção da Apolo Tubulars, no mesmo podcast complementa: “Não adianta pensar em dados sem ter o básico bem feito. Na hora de cadastrar a árvore de ativos é importante colocar as informações de manual da máquina e trazer a experiência de pares que já trabalharam com operações similares”.
A experiência dos pares é importante porque os manuais não conseguirão, na maioria das vezes, trazer informações para todos os tipos de uso possíveis do maquinário.
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O segundo passo, de acordo com os especialistas, é analisar os dados provenientes dessa base. Se a empresa conta com um software, é possível ter em uma tela todas as necessidades de cada ativo, o mapa de manutenção de cada um, o que foi realizado e o que precisa ser, entre outras coisas.
Isso, segundo Abner, contribui para que os gestores de manutenção tenham insumos de forma rápida e fácil para entregar a auditorias, controladorias ou instituições de regulamentação, por exemplo.
Para fazer um plano de gestão de manutenção é possível e recomendável que se coloque o nível de criticidade dos equipamentos nesta etapa de cadastro. Assim, o software elencará as prioridades e dará alertas certeiros.
Depois disso, a evolução é fazer as análises das falhas, entendendo os motivos e traçando planos para evitá-los no futuro. Mas os especialistas alertam que se o básico for bem feito, a análise das falhas é menos necessária, afinal, todas as informações sobre o equipamento estarão elencadas no software e o gestor pode consultá-las no caso de algum erro de operação.
Os especialistas elencam que no futuro um novo tipo de manutenção entrará no radar: a manutenção prescritiva. As máquinas já virão com sensores que conseguem dar a informação de o que elas precisam em tempo real. Então, basicamente, os equipamentos prescreverão as suas necessidades para os gestores de manutenção.
No maquinário tradicional é possível também acoplar sensores e integrá-los a softwares para ter esse tipo de informação.
O podcast Boteco 4.0, uma produção da ABII com a Ocotea Filmes, nesta temporada conta com os 10 participantes do BiG 2023. Acompanhe tudo sobre o movimento BiG aqui.
*Imagem de capa: Depositphotos
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