O principal desafio para as organizações industriais avançarem em sua jornada de transformação digital consiste em transformar, em informação e insights, os dados gerados na engenharia e que não são compartilhados com os usuários finais. Esta é uma das conclusões que foram apresentadas pela AVEVA - líder global em software industrial, que atua impulsionando a transformação digital e a sustentabilidade - durante o AVEVA Day Brasil, que reuniu em São Paulo, no dia 20 de outubro, mais de 200 congressistas - entre especialistas da indústria, clientes e parceiros de negócios.
“As empresas precisam assegurar a integração entre a engenharia e a operação para que os dados gerados, desde o projeto executivo, sejam compartilhados e utilizados pela cadeia inteira”, afirma Marcio Razera, Head de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da AVEVA no Brasil. Isso, acrescenta, a fim de promover agilidade e mais precisão na tomada de decisões, e reduzir a incidência de erros e falhas seja na execução do projeto de instalação, no comissionamento, na operação, na manutenção e até no descomissionamento, se for o caso.
Segundo uma pesquisa da Seagate, realizada em 2020, as organizações industriais conseguem capturar hoje apenas 56% dos dados das operações industriais e só utilizam pouco mais da metade deles (57%), o que significa que 68% dos dados gerados não são capturados ou não agregam informação alguma para as empresas.
A digitalização, que já vinha sendo adotada pelas indústrias, foi acelerada por conta da Covid-19, o que fez crescer o volume de dados gerados pelas indústrias. Um relatório da Statista (junho/2021) revelou que mais da metade de todos os dados industriais disponíveis atualmente foram gerados somente nos últimos dois anos e as projeções mostram que esse ritmo permanecerá constante pelo menos nos próximos 24 meses. “Dados são o principal ativo das empresas, e o desafio está em agregar inteligência a eles e fazer com que fluam entre todas as áreas, e ainda há muita coisa a se fazer neste sentido”, comenta Razera.
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Ao correlacionar o desenvolvimento econômico e o avanço da indústria de diversos países, o Professor Paulo Gala, mestre e doutor em Economia pela FGV-SP, destacou a importância da sofisticação industrial neste contexto. Segundo Gala, há países com renda per capita elevada - como o Catar, Kuait e Arábia Saudita -, mas que têm uma indústria pouco sofisticada, que é o que realmente importa.
“Quando se analisa economias como as da Holanda, Japão e Coréia do Sul, por exemplo, percebe-se que elas possuem um nível de sofisticação muito elevado, e, mais ainda, uma matriz industrial muito diversificada. Isso demonstra que o que importa é fazer coisas que ninguém faz, mas também outras coisas, e isso vale principalmente para as indústrias, afirma o professor, ao acrescentar que quem está atrás nessa corrida sofre mais porque os degraus superiores já estão tomados. “O Brasil precisa diversificar seus passos industriais a partir das vantagens competitivas que temos”, completa Paulo Gala.
Para Tarcísio Romero Oliveira, Business Value Consulting da AVEVA para América Latina, as empresas só conseguirão alcançar esse nível de sofisticação e de diversificação se puderem compreender em que ponto desta escala evolutiva elas se encontram, e o que precisam fazer para avançar. “Por meio do Digital Maturity Assessment, a AVEVA e seus parceiros tecnológicos vêm ajudando as indústrias a fazerem esse diagnóstico e a desenharem seu plano de transformação digital.”
Com o objetivo de ajudá-las nessa jornada, a AVEVA conta com um portfólio completo de soluções que atendem a todos os estágios de maturidade industrial, do projeto à operação, gestão e manutenção das instalações para todos os segmentos produtivos. Para isso, oferece aos clientes a facilidade da contratação pelo modelo de assinatura AVEVA Flex, tanto na nuvem quanto em instalações híbridas, e em qualquer plataforma, inclusive mobile. “Deste modo, nossos clientes podem escolher utilizar somente aquilo que precisam e escalar conforme a necessidade, pagando pela utilização em vez de precisar adquirir licenças. Assim, transformam o que seria um investimento de Capex, em uma despesa operacional, que inclusive pode abater impostos”, completa Oliveira.
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