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Como as tecnologias 4.0 impulsionam a competitividade da indústria do futuro

Expositoras da Intermach 2022 analisam a Indústria Futuro a partir da realidade da indústria local.

Por: Redação CIMM/ Thaís Penteado      Exclusiva 03/10/2022 

A Indústria 4.0 há alguns anos vem movimentando o mercado e agregando soluções em diversas áreas do setor, otimizando tempo e recursos para as empresas. No entanto, a indústria brasileira ainda enfrenta desafios para se tornar mais eficiente em todo seu ciclo produtivo. Além disso, sua evolução, a Indústria 5.0, já está em pauta.

João Alfredo Saraiva Delgado, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), diz que a produtividade da Indústria no Brasil é baixa, considerando o PIB nacional e a produção por homem/hora. "Quando a gente fala em automação e Indústria 4.0, tudo isso faz sentido se a gente melhorar os nossos indicadores, e a partir daí saberemos que caminho tomar", completou.

Para Delgado, a Indústria do Futuro é uma indústria inteligente e conectada. "A conexão é o que faz toda a diferença, e sempre focada em resultados e produtividade", disse. 

O executivo falou durante a programação da Intermach 2022, em sua palestra "Indústria do Futuro", realizada no dia 13 de setembro, em Joinville (SC). Ele trouxe para o público uma visão de como a integração das inúmeras tecnologias 4.0 estão moldando o futuro das indústrias. 

No decorrer de sua fala, Delgado destacou a importância da mão de obra qualificada para o desenvolvimento e operação das novas tecnologias inseridas no mercado 4.0, dando ênfase para a medição feita para o Ranking de Talentos de 2020, que colocou o Brasil na 59ª posição entre 63 países, mostrando que o país ainda não atinge bons níveis de mão de obra humana capacitada dentro do atual mercado. 


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Alinhado com a cultura de cada empresa, Delgado enfatizou a importância do pensar digital, ou seja, descobrir o que cada tecnologia pode agregar para cada setor dentro da indústria, repensando cada processo e trazendo a inovação e o diferencial necessário para dentro de cada empresa.

Para o Danilo Bonasse Lapastini, presidente e CEO da Hexagon, VP e presidente do conselho automotivo da Abimaq, as tecnologias 4.0 podem ajudar muito a indústria para ampliar a participação da indústria local no mercado externo, “uma arrancada rumo às exportações e à competitividade”, no entanto é preciso investir em qualidade.

“Acreditamos que a qualidade dentro disso tudo pode ser um impulsionador da produtividade, (...) com equipamentos e softwares que te garantem fazer uma digitalização das suas peças e dos seus meios de produção, atacando realmente seus problemas de qualidade e criando uma cultura de qualidade dentro da indústria. Isso desde de se projetar os produtos com qualidade, testar os produtos com simuladores digitalmente, levar, então, projetos já testados para o chão de fábrica, para minimizar vários erros (...). Então é como se todos os setores da indústria estivessem de mãos dadas pensando em qualidade e produtividade. É isso que a Hexagon acredita no mundo da quarta revolução industrial”.

Para a igus do Brasil, as tecnologias 4.0 são fundamentais para aumentar a rentabilidade dos negócios. "Com a chegada da indústria 4.0 nos últimos anos diversas empresas seguem buscando soluções para melhorar suas estratégias de manutenção que visem melhorar o desempenho e disponibilidade das máquinas e sistemas que operam nas linhas de produção e que podem aumentar a rentabilidade do negócio", disse  Rebeca Tarragô, gerente de marketing da igus do Brasil LTDA.

Alinhada a essa ideia, Aline Angelo, gerente de marketing da SKA Automação de Engenharias, diz que a “a inteligência e a transformação digital chegaram para mudar a forma de pensar a produção industrial”. “As soluções SKA permitem receber todas as informações da fábrica em tempo real na palma da mão, entender o fluxo de produção, apontamentos de paradas das máquinas, gargalos e falhas. Isso ajuda na previsibilidade, produtividade e otimização da produção", disse ela. 

Para Tiago Marin, diretor executivo da Whishbox, especializada em impressões 3D, esta tecnologia está alinhada ao conceito da Indústria 4.0, o produto possibilita hoje que as empresas façam uma fabricação digital justing time, ou seja, sem a necessidade de manter um estoque de produtos de peças de reposição, o que trás uma série de vantagens, evitando custos excessivos, tempo despendido com cadeias logísticas, impostos e outras burocracias. 

Interligando pessoas, máquinas e sistemas, a Indústria 4.0 cria uma rede eficaz por todo o setor produtivo, avançando no desenvolvimento tecnológico e potencializando a eficácia do chão de fábrica, melhorando assim a produtividade, gerando lucros e viabilizando uma maior qualidade e segurança para a indústria.  

 

Imagem de capa: Depositphotos

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