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Digitalização, integração e inovação: os três pilares para o futuro do setor de energia

Por: Assessoria de Imprensa      23/01/2020 

Redução dos custos de operação e manutenção, de riscos no treinamento de profissionais, prevenção de falhas e extensão da vida útil de equipamentos: essas são algumas das vantagens que a digitalização traz ao ser implantada no setor elétrico. Atingir esses objetivos, contudo, não é um processo fácil ou que dependa exclusivamente do conhecimento técnico a respeito das ferramentas mais modernas a serem implantadas dentro de cada empresa – para ter sucesso, é preciso ter um objetivo claro a ser atingido e levar em consideração outros fatores, como o plano estratégico de cada companhia.

A fim de ajudar as companhias do setor a identificar qual o melhor caminho para o sucesso com a digitalização, é possível estabelecer um conjunto de três pilares para colaborar com essa transição: digitalização, integração e inovação.

Em relação ao primeiro tópico, é necessário focar principalmente na desburocratização de processos internos e na gestão eficaz dos dados. Dessa forma, é possível estabelecer ações que visem tornar companhias cada vez mais produtivas e orientadas a resultados de maneira eficaz.

O segundo pilar é a integração: ter mais organizações horizontais e leves, nas quais as estruturas hierárquicas são fundamentais para incentivar a participação e a colaboração entre profissionais de diferentes áreas. Manter o colaborador motivado e o mais confortável possível é preponderante para aumentar a produtividade e eficiência nas organizações. Além disso, é fundamental para às companhias valorizar talentos internos por meio de planos de treinamento e incorporação de novos processos digitais que promovam uma cultura voltada para a inovação.

E, como consequência, a inovação surge como o último pilar da transformação energética. Recursos como realidade virtual, IoT e Big Data são capazes de conferir maior capacidade competitiva no novo mercado de energia. Outro exemplo é o gerenciamento inteligente de ativos, que oferece benefícios ao setor como redução de custos operacionais, melhoria da segurança e antecipação de falhas.


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Alguns projetos já estão mostrando os resultados desse processo. O INTEGRA, da Red Eléctrica, é um exemplo disso. Nele, o planejamento integrado de transição permitiu a melhora no relacionamento com fornecedores e impulsionou parcerias, além de tornar a cadeia de suprimentos mais sustentável, graças à otimização do uso dos recursos necessários para o desenvolvimento dos ativos da empresa e gerenciamento mais eficiente através da digitalização de atividades e processos.

O GISNET, da Iberdola, também é um exemplo disso. Consiste em uma plataforma avançada de Sistema de Informações Geográficas, que responde com agilidade às necessidades de informações das diferentes áreas de negócio. Na prática, o projeto permitiu que a empresa pudesse se adaptar a uma nova estrutura digital, garantindo consistência e integração com as unidades físicas, obras e investimentos, sistemas de contabilidade e gestão regulatória. O projeto foi um grande desafio, uma vez que a Iberdrola possui uma das maiores redes de distribuição de eletricidade do mundo.

Focado em realidade virtual, o projeto VIVES está permitindo que os profissionais da área de geração térmica da Endesa treinem sem riscos, com maior motivação e mais eficiência no trabalho de gerenciamento de manutenção. Outro objetivo é garantir que os equipamentos e instalações estejam em condições seguras para as operações de manutenção.

Por fim, outro destaque é o projeto de energia do grupo suíço AXPO, que desenvolveu uma ferramenta de monitoramento de parques eólicos utilizando IoT e Big Data, melhorando o desempenho de mais de 130 parques eólicos localizados em nove países europeus. Entre outras coisas, gerencia informações em tempo real obtendo maior assertividade na previsão de produção de energia. Além disso, a Axpo espera dobrar a energia gerenciada em menos de dois anos, oferecendo a seus clientes esta solução como um serviço de valor agregado.

Ou seja: a necessidade para a mudança está mais do que clara e cada vez mais empresas se movimentam para atingir esse objetivo. Esses são apenas alguns exemplos de como a digitalização, integração e inovação podem ser cada vez mais utilizadas para gerar benefícios e motivar a expansão do setor como um todo.

No Brasil, ainda há muito que se fazer, mas algumas iniciativas valiosas já vêm se apresentando nesse sentido. O caminho a ser explorado é vasto e as companhias que liderarem esse movimento têm grandes chances de se tornarem as pioneiras no cenário nacional.

 

*Por Marcelo Bernardino, head de Energia e Indústria da Minsait no Brasil

 

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