A Nissan desenvolveu em robôs a habilidade de produzir peças automotivas a partir de chapas de metal. A tecnologia permite que os clientes tenham acesso a mais opções de itens de reposição, inclusive para modelos fora de linha.
A nova técnica foi criada no centro de pesquisa e desenvolvimento em engenharia de produção da montadora japonesa e também se deve aos avanços na tecnologia de materiais da divisão de pesquisa da Nissan.
A montadora pretende comercializar a técnica patenteada como dual-sided dieless forming, estampagem bilateral incremental sem matriz. O processo envolve a operação de dois robôs sincronizados trabalhando em lados opostos de uma chapa de metal, utilizando ferramentas revestidas com diamante para dar forma ao material de maneira gradual.
Por causa da flexibilidade desse processo é possível reduzir tanto os custos como o prazo de entrega. De acordo com a Nissan, a nova técnica pode tornar comercialmente viável a produção e venda de muitas peças fora de catálogo.
Até agora o processo era considerado algo difícil de comercializar pela complexidade na programação para que dois robôs operassem de forma sincronizada e garantissem um padrão de qualidade. As técnicas existentes se baseavam principalmente na conformação em um único lado, o que limita a complexidade das formas a ser reproduzidas.
O desenvolvimento de programas ainda mais avançados para o controle dos robôs permitirá a criação de formas côncavas e convexas cada vez mais detalhadas. A aplicação do revestimento de diamante nas ferramentas que entram em contato com a chapa permitirá tanto a redução de atrito como a eliminação da necessidade de lubrificação.
Os avanços na produção a partir dessa técnica da Nissan tornarão viável também a produção seriada de pequenos volumes, reduzindo custos decorrentes do processo tradicional de estamparia.
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