O avanço da “destreza robótica”, também conhecida como “manipulação robótica”, pode ampliar consideravelmente a capacidade produtiva de diversos setores nos próximos anos. Para o professor Glauco Caurin, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e coordenador do Centro de Robótica da USP, “esse tipo de tecnologia vai começar a criar novos produtos e novos processos que a gente nem imaginava”.
De acordo com o professor, estudar e otimizar a forma como os robôs manipulam fisicamente o ambiente pode impactar a maneira como as grandes fábricas trabalham e produzem boa parte do que a gente consome.
Para Caurin e diversos especialistas da área, uma “revolução silenciosa” está prestes a acontecer. “A maior parte dos robôs no parque industrial são enjaulados. Não existe contato direto entre o robô e o operador. (Precisamos) mudar esse contexto e trabalhar lado a lado com o ser humano”. Para isso, o professor explica que os robôs precisam ter uma maior inteligência para aprender a reconhecer melhor o ambiente em volta, e trabalhar de forma segura.
Avançar rumo a esse cenário é modificar consideravelmente o paradigma de que os robôs vieram exclusivamente para substituir o trabalho humano. “Não é mais substituir mão de obra, mas aumentar a produtividade combinando o homem e sua capacidade de lidar com situações inesperadas, com a capacidade produtiva dos robôs”, defende ele.
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