O que parecia “moda” para alguns é hoje, mais do que nunca, uma realidade inescapável. Investir em inteligência artificial (IA) e tecnologias de nuvem (cloud) é fundamental para que empresas se mantenham competitivas, impulsionem o crescimento e naveguem de maneira eficaz pelas complexidades da economia digital. Isto nos ajuda a entender as perspectivas do crescimento de gastos com essas tecnologias em todo o mundo entre 20% e 25% em 2024, segundo o estudo de uma corretora norte-americana.
Já ao final do ano passado, ficou nítido que a adoção da IA com foco no consumidor passou a ser maior em divisões de serviços em nuvem, como a Amazon (AWS) e o Azure (da Microsoft) – os meus colegas de GFT estiveram no re:Invent e trouxeram um bom insight relacionado a isso. Como a interconexão entre tecnologias é constante, a evolução dos chips e GPUs ajudam a entender também como rodar sistemas e aplicações a partir de ambientes remotos ficará ainda mais rápido e eficiente.
Há números que corroboram esse otimismo. De acordo com um levantamento recente, os gastos globais com tecnologia da informação (TI) chegarão a US$ 5,1 trilhões neste ano – aumento de 8% em relação a 2023. No topo da cadeia para explicar esse crescimento expressivo estão os custos com os provedores de serviços de nuvem e uma maior utilização dessa tecnologia por um número maior de empresas – companhias pequenas e médias já estão no radar desse ecossistema que, em até seis anos, deverá englobar quase a totalidade dos negócios.
O que não mudou foi o percurso de missões e desafios. Adotar IA e a nuvem está diretamente ligado a alguns fatores, como o uso de ferramentas que possa trazer maior eficiência e produtividade, ao automatizar-se tarefas repetitivas em prol da liberação dos colaboradores para atividades de maior criatividade e valor. Ao fazer isso na nuvem, é possível escalar toda a infraestrutura de acordo com a demanda necessária, de maneira descentralizada. Mas isso não é tudo.
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A alta competitividade dentro e fora do ambiente digital dos negócios pede que gestores dos mais variados escalões procurem vantagens competitivas, desde as operações de cada negócio, até a melhora na experiência dos clientes, sem perder nunca a oportunidade de inovar a cada etapa dessa relação. Na nuvem e com o auxílio da IA, essa adaptação e a agilidade são possíveis de forma mais eficiente e com custos reduzidos operacionais, com um bom enriquecimento de dados e um machine learning bem elaborado.
Essa oportunidade de personalização de ofertas e de soluções que tragam maior satisfação aos clientes, aliás, é um dos aspectos que mais animam tomadores de decisão – um levantamento feito com 4.702 CEOs em 105 países (incluindo o Brasil) indicou que sete em cada dez executivos brasileiros enxergam a IA Generativa como mola impulsionadora para o desenvolvimento de novas habilidades para a maior parcela da sua força laboral. E muito disso já passa pelas interações de maior qualidade entre empresas e seus clientes, com base nas preferências e comportamentos individuais.
Voltando aos dados, eles já vão para nuvem logo de saída quando falamos de empresas novas. O grande paradigma a se romper passa por negócios mais antigos, que muitas vezes precisam migrar as suas amplas bases de informações para nuvem, prerrogativa importante se houver uma estratégia de investimentos em IA. Ela, com seus algoritmos, pode analisar grandes conjuntos de dados, extraindo resultados que poderão ter impacto em diversas tomadas de decisão. Se isso for feito na nuvem, o processamento e a análise de dados obtêm um benefício extra para os negócios.
Outro ganho diz respeito à segurança digital. Com ferramentas baseadas em IA, é possível realizar o acompanhamento de ameaças em tempo real, e na nuvem é uma oportunidade extra, uma vez que os provedores investem muito em medidas de segurança, oferecendo recursos robustos de proteção de dados e conformidade.
Todo o exposto se impõe como um caminho inevitável de inovação e preparação para o futuro. Estamos falando de um ambiente transformador de experimentação, com a devida flexibilidade que cada área de negócio demanda, sem perder de foco as melhores tendências e tecnologias emergentes. Todavia, é preciso nunca perder de vista que o tech deve ser visto como um meio para se atingir um fim – sem ter isso estrategicamente claro, o mindset data-driven pode ser comprometido.
Com investimentos precisos em IA e cloud, associados à capacitação de especialistas e colaboradores, toda uma cadeia virtuosa de oportunidades pode se abrir para as empresas que queiram liderar em suas áreas de atuação. Não por acaso, é nisso que acreditam quatro em cada cinco executivos, conforme revelou uma pesquisa recente do IBM Institute for Business Value (IBM IBV).
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