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Edge computing é diferencial competitivo para indústrias 4.0

Tecnologia garante menor latência na comunicação dos dados gerados pelas fábricas, melhorando sua conectividade.

Por: Gabriela Pederneiras      Exclusiva 23/08/2021

De acordo com a pesquisa global do International Data Corporation (IDC), publicada em janeiro de 2021, cerca de 45% das organizações ouvidas disseram que precisam de dados em tempo real. Dentro da estrutura de uma indústria alinhada ao conceito 4.0, essa é uma característica importante, que pode ser construída com a ajuda do edge computing.

As indústrias 4.0 tem como diferencial uso de machine learning, IoT e big data para integrar, automatizar e otimizar suas operações. Os sistemas devem conversar entre si, ao mesmo tempo que geram insights para os profissionais responsáveis. Tudo isso, porém, demanda que os dados sejam processados e entregues com a menor latência possível. 

A computação de borda, ou edge computing, garante isso por conta da infraestrutura que oferece. A tecnologia permite que os dados sejam processados mais próximos da indústria, não tendo que percorrer o caminho todo até o data center. A Green4T, empresa que oferece soluções de tecnologia e infraestrutura digital, explica como funcionam os dois modelos de edge:

Far Edge (Borda Distante): A infraestrutura de edge é implantada mais próxima da fonte geradora e mais distante do data center ou nuvem. Como exemplo, podemos citar uma infraestrutura de computação de um provedor de serviços móveis, localizada nas próprias torres de telefonia (estações base móvel).

Near Edge (Borda Próxima): A infraestrutura de edge é implantada entre a Borda Distante e os data centers ou nuvem. Enquanto no Far Edge ficam os aplicativos específicos para o local em que é implantada, no Near Edge se concentram os serviços genéricos como caches CDN e Computação Fog.

O futuro das indústrias é atrelado ao edge computing

A pesquisa do IDC mostrou que cerca de 73% dos executivos ouvidos (de sete setores industriais), colocam o edge computing como um investimento estratégico. Isso porque ele apresenta vantagens, como:

  • Baixo custo de implementação;
  • ROI alto;
  • Baixa latência;
  • Segurança dos dados;
  • Elasticidade para o caso de aumento repentino no volume de dados. 

A perspectiva é de que, até 2025, os investimentos em edge cresçam a uma taxa média de 30% ao ano. Ainda de acordo com a pesquisa do IDC, as competências do edge que mais atraem os CIOs são: 

  • Storage: o armazenamento de dados sensíveis na borda, conferindo mais acessibilidade e segurança às informações;
  • Segurança: um conjunto de aplicativos usados para proteger os workloads, mitigando o risco de ataques;
  • Aplicações: permitem que a computação distribuída ofereça suporte a aplicativos e cargas de trabalho de banda larga;
  • Soluções Inteligentes: colaboram com a operação entregando baixa latência, eficiência nos custos, compliance e soberania sobre os dados, e operação autônoma mesmo quando o network não está disponível.

A edge computing, portanto, é uma das infraestruturas essenciais para a transformação de uma indústria em 4.0. Por meio dela, as empresas conseguem otimizar a geração, transmissão e análise de dados, trazendo para suas operações vantagens como maior inteligência, otimização de recursos e velocidade, o que traz, consequentemente, maior diferencial competitivo.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Gabriela Pederneiras

Jornalista/Redatora/Assessora de Imprensa