Indústria de sorvete investe em inovações sustentáveis e produtos diferenciados

Além de ampliar o leque de sabores e texturas, alguns fabricantes estão utilizando motores que economizam energia


Nada como um bom sorvete para refrescar em dias quentes! A guloseima é uma das sobremesas preferidas do brasileiro durante o ano todo, mas no verão o consumo cresce cerca de 70%, de acordo com a ABIS - Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes. Ao lado dos tradicionais sorvetes, os fabricantes estão aumentando o leque de sabores e texturas introduzindo, com frequência, novidades em cardápios sofisticados — como as paletas mexicanas, os tradicionais gelatos artesanais, aqueles supermodernos de açaí, entre outros —, confirmando que o sorvete adquire o status de um alimento que pode ser consumido em qualquer momento.

Diante de tantas novidades e concorrências no segmento, a indústria está sempre se aperfeiçoando, e além de produzir sorvetes exclusivos — para quem tem algum tipo de intolerância alimentar, como à lactose ou ao glúten —, também está se preocupando em tornar seus produtos o mais natural possível, com baixo teor de açúcar, baixa caloria e com redução de gordura, além do uso de componentes que não sejam de origem animal, como na dieta vegana. Afinal, o consumidor está mais consciente, desejando ter uma vida mais sustentável, por isso almeja não apenas sabor, mas também saúde e sustentabilidade na produção.

Essa nova maneira de consumir sorvetes é, na verdade, uma grande oportunidade para os empreendedores do setor, que têm buscado se enquadrar procurando também inovações sustentáveis — investindo em estratégias de produção voltadas às pessoas, processos e tecnologia. O objetivo é causar um impacto positivo no segmento e ainda se sustentar de forma competitiva no mercado. “Uma das preocupações dessas companhias é o excesso de consumo de energia — um dos fatores que contribui gradativamente para o esgotamento dos recursos naturais. E para evitar o desperdício de energia, as indústrias estão utilizando motores elétricos econômicos, com rendimento IR3 (Rendimento Premium), dando preferência ao diferencial da carcaça de alumínio, que melhora a dissipação de calor e reduz o peso do motor”, explica Drauzio Menezes, diretor da Hercules Motores Elétricos (empresa especializada em motores para diversos segmentos, como os de construção civil, alimentício, agrícola, industrial, entre outros).


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Além de estar mais atenta à sustentabilidade, a indústria alimentar como um todo tem também investido em inovações e tecnologia — como em equipamentos modernos e eficientes —, com o objetivo de facilitar o processo de produção, agilizando procedimentos e reduzindo esforços. “Por causa disso, algumas empresas do ramo de sorvetes substituíram a transmissão mecânica por um sistema eletrônico (motor + inversor), o que deixa o equipamento mais eficiente”, destaca Menezes.

Devido a esses investimentos e inovações, o mercado brasileiro de sorvetes tem se tornado cada vez mais atrativo, e prova disso é que o país já é o 10º maior produtor mundial e 11º maior consumidor, tendo o Nordeste como a região que mais vende sorvete no país. Segundo dados da Mintel — empresa de inteligência de mercado —, o setor no Brasil deve chegar a 2020 com expansão de até 81%, significando um aumento no faturamento, podendo atingir R$ 13,9 bilhões, com volume médio de 799 milhões de litros.