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Gladis Costa    |   22/05/2019   |   Marketing e Comportamento   |  

Soft skills, hard skills e outras habilidades estratégicas para o sucesso!

É preciso mais do que conhecimento técnico para ter sucesso na carreira. Soft skills são estratégicas!

Muita gente conhece aquela história do Presidente de uma empresa que pergunta para o Diretor de RH porque gastar tanto com treinamento de funcionários se eles acabam indo embora? Então o Diretor responde: - E se a gente não treinar e eles ficarem? Hoje, com tantas inovações tecnológicas a pergunta seguinte seria: treinar em que?

Treinamento é um item que deve ser parte constante da agenda de qualquer profissional e do calendário da empresa. Existe até um nome para esta iniciativa: reskilling, uma competência relevante na era da inovação. Significa o aprimoramento das competências, reinventar-se, requalificar-se, estar antenado com a evolução digital, é estar plenamente alinhado e envolvido com o universo em que a empresa atua. Com o advento de tantas tecnologias, é importante não só adaptar-se a elas, mas entender o quanto elas afetam o negócio da empresa, leia-se colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores, imprensa e outros públicos.

reskilling, bem como soft skills e hard skills são habilidades essenciais para o bom andamento dos trabalhos, algumas mais necessárias que outras, é verdade. Soft skills são as habilidades sociais, intangíveis, aquelas que nos descrevem e têm a ver com atitude e comportamento, como saber trabalhar sob pressão, trabalhar em equipe, automotivação, ética, empatia, liderança, e são diferentes das hard skills, consideradas habilidades formais, como graduação, pós graduação, certificações técnicas, domínio de idiomas e normalmente são listadas no Curriculum no campo  "Educação".

Pesquisas indicam que as certificações técnicas nos garantem o acesso ao emprego, enquanto as soft skills nos mantém na empresa - basicamente, somos contratados pelo nosso capital intelectual, mas nossas habilidades comportamentais - (ou a falta delas), podem nos tirar do jogo. Acontece! Tanto é verdade que pesquisa da consultoria Capgemini Digital Transformations Institute realizada com 1250 executivos,indica que 60% das empresas tem sofrido com a falta de soft skills de seus colaboradores.  É muito conhecimento técnico, mas o que estas empresas buscam é foco no cliente, colaboração, learn ability (habilidade de aprender) e habilidade organizacional. Outra pesquisa indica que 77% dos executivos acredita que as soft skills são tão importantes quanto as hard skills.

Neste mundo de skills é importante refletir em como seria o profissional ideal no futuro? Se levarmos em conta que 85% dos empregos que existirão em 2030 não foram criados e que até 2025, 5 milhões de empregos serão perdidos (ou transferidos) para automação, faz sentido pensar que até lá profissionais que tenham conhecimentos multidisciplinares como people skills e que possam suprir o que falta no  tecnocentric world (termo cunhado pelo MIT para ilustrar este mundo centrado na tecnologia) como empatia, feedback,  emoção, conexão e commitment (comprometimento), serão os mais procurados pelo mercado.

Aparentemente o profissional do futuro terá conhecimentos do mundo STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics, do mundo SMAC (social, mobile, analytics e cloud) e muitas características das habilidades sociais. As empresas precisam humanizar sua presença e esta estratégia começa em casa. Por um mundo com mais empatia, relações justas e engajamento de todos.


Crédito Imagem: Fia Business School

 
Gladis Costa
O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Gladis Costa

Gladis Costa é profissional da área de Comunicação e Marketing, com vivência em empresas globais de TI. É fundadora do maior grupo de Mulheres de Negócios do LinkedIn Brasil, que conta com mais de 6200 profissionais. Escreve regularmente sobre gestão, consumo, comportamento e marketing. É formada em Letras, e tem pós graduação em Jornalismo, Comunicação Social e MBA pela PUC São Paulo. É autora do livro "O Homem que Entendia as Mulheres", publicado pela All Print.


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